Stille Nacht! Noite de Paz! Noite Feliz! Tudo é Paz! – Jônatas Fernandes

O jovem padre Joseph Mohr (1792-1848), através de uma situação inesperada, se transportou para a cena mais linda da história dos cristãos, o nascimento do menino Deus – Jesus. Paz, tranquilidade e serenidade descrevem essa noite de esperança.

O órgão da igreja de São Nicolau, na pequena vila de Oberndorf (Áustria), teria quebrado na tarde do dia 24/12/1818. Impossibilitado de dar andamento à programação de natal, Mohr mandou chamar seu amigo Franz Xavier Gruber (1787-1963), professor de música, organista e regente do coro da Igreja.

Enquanto Gruber tentava consertar o instrumento, Mohr aproveitou o tempo para fazer uma visita a uma família simples, cuja mãe, naquele dia, tinha dado à luz a um menino. Sua mente se voltou para a cena do nascimento de Cristo e, movido de amor e de um sentimento singular que só nasce no natal, decidiu retornar para a sua casa. Sentado à mesa, começou a escrever versos da célebre música que é cantada até os dias de hoje em diversos países.

A música foi elaborada por Gruber e a aceitação dos fiéis fora bem-sucedida. Naquela noite, ela foi executada por violão e voz, pois não foi possível concluir o conserto do órgão.

Sua rápida divulgação se deu através de um homem, Karl Mauracher (1789-1844), um especialista em consertos de órgãos, solicitado para o conserto depois de um mês. Ele ouviu a história dos acontecimentos e a música composta e começou a divulgá-la por onde ia, até que chegou aos ouvidos de um grupo vocal bem popular da região, a Família Strasser, que se interessou pela música e começou a cantá-la por onde se apresentava. Em 1831, ela foi cantada na famosa festa de Leipzig e depois se espalhou pelo mundo afora.

Em 1845, foi feito o primeiro arranjo para orquestra e, em 1855, um novo arranjo para órgão. Em 1900, a música já era mundialmente conhecida.

Esta melodia de caráter terno e suave está presente em boa parte dos hinários protestantes brasileiros. Cantá-la no culto ou na reunião de natal é quase que uma tradição por corais e grupos específicos da igreja ou congregação.

No Brasil existem diversas versões deste hino, talvez as 3 mais conhecidas ou populares sejam:

  • A do missionário batista norte-americano William Edwin Entzminger (1859-1930);
  • A do Pe. Pedro Sinzig (1876-1952);
  • E uma outra anônima de origem portuguesa.

No processo de tradução, 2 idiomas foram utilizados: o Alemão e o Inglês.

Stille Nacht – Alemão

Stille Nacht, heilige Nacht,
alles schläft, einsam wacht
nur das traute, hochheilige Paar.
Holder Knabe im lockigen Haar,
schlaf’ in Himmlischer Ruh’,
schlaf’ in himmlischer Ruh’!

Stille Nacht, heilige Nacht,
Hirten erst gutgemacht!
Durch der Engel Halleluja
tönt es laut von fern und nah:
Christ, der Retter, ist da!
Christ, der Retter, ist da!

Stille Nacht, heilige Nacht!
Gottes Sohn, o wie lacht
Lieb’ aus deinem göttlichen Mund,
da uns schlägt die rettende Stund’,
Christ, in deiner Geburt!
Christ, in deiner Geburt!

Silent night – Inglês
Silent night, holy night,
all is calm, all is bright
round yon virgin mother and child.
Holy infant, so tender and mild,
sleep in heavenly peace,
sleep in heavenly peace.

Silent night, holy night,
shepherds quake at the sight;
glories stream from heaven afar,
heavenly hosts sing Alleluia!
Christ the Savior is born,
Christ the Savior is born!

Silent night, holy night,
Son of God, love’s pure light;
radiant beams from thy holy face
with the dawn of redeeming grace,
Jesus, Lord, at thy birth,
Jesus, Lord, at thy birth.

Desde 2011, é considera Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO¹, tendo sido traduzida para mais de 300 línguas.

 Referências:

  1. UNESCO, United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization Intangible Cultural Heritage in Austria “Silent Night” – the Christmas carol – Disponível em: <http://immaterielleskulturerbe.unesco.at/cgibin/unesco/element.pl?eid=68&lang=en >. Acesso em: 10 dez 2016.

Abaixo, seguem algumas versões para estudo (acervo particular):

 

Jônatas Fernandes
Com a colaboração de Joaquim Júnior

© 2016 de Jônatas Fernandes – Usado com permissão

 

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2 Resultados

  1. Rubens Ortega disse:

    Bárbaro, parabéns meu caro amigo. Jônatas Fernandes.

  2. Rubens Ortega disse:

    Bárbaro, parabéns meu caro amigo. Jônatas Fernandes.

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