Tuas Obras te Coroam

História

Tuas Obras te Coroam

Letra: Henry Van Dyke (1852-1933), 1907
Tradução: Isaac Nicolau Salum (1913-1993), 1940
Música: Ludwing Van Beethoven (1770-1827), “Nona Sinfonia (coral)”, 1826
Adaptação: Edward Hodges (1796-1867), 1864

“Nenhum homem na terra ama o campo mais do que eu. Florestas, árvores e rochas dão ao homem a resposta que ele exige. Toda árvore parece dizer – Santo, Santo.”

Tais palavras são de Beethoven. É interessante que no hino “Tuas obras te coroam” se entrelacem os trabalhos de dois grandes admiradores da natureza: o compositor alemão acima referido e o poeta norte-americano Henry Van Dyke.

Segundo informação colhida do filho do autor, seu pai escreveu a letra em 1907 quando realizava uma série de conferências no Colégio Williams, situado entre as montanhas Beshire.

Certa manhã, descendo para o café, pôs um manuscrito na mesa, defronte do presidente da Instituição que visitava e disse: “Eis um hino para o senhor. Suas montanhas me foram inspiração”.

Deverá ser cantado com a música “Hymn to Joy” (Hino à alegria), de Beethoven.

Deve-se ao professor Isaac Nicolau Salum, a existência deste hino em versão portuguesa.

“Hymn to Joy”, em adaptação feita por Edward Hodges, tem sua origem no último movimento da Nona Sinfonia de Beethoven.

Conhecida como a Sinfonia Coral difere das outras do compositor, justamente pelo emprego que fez de música vocal. Van Loon, no seu livro “As Artes”, expressou-se a esse respeito: “Em sua Nona Sinfonia o homem reconhecido como o compositor mais engenhoso e versátil em efeitos orquestrais volta-se para o mais antigo de todos instrumentos, volta-se para a voz humana para dar expressão à sua fé inabalável na liberdade de espírito que durante a sua vida lhe foi a mais cara e soberba possessão.”

De outro autor, João Knowles Paine, citamos ainda os seguintes trechos, referentes ao compositor e sua grande obra: “Ele (Beethoven) sonhava com um futuro; quando todos os homens seriam irmãos; e o final de sua Nona Sinfonia é a expressão musical desse sonho e desejo. A Sinfonia Coral permanece única na literatura musical. O Finale é adaptação para coro, e orquestra de um trabalho do poeta alemão Schiller, “Ode à Alegria”, aliás, em forma primitiva intitulada “Ode à Liberdade”. Na Nona Sinfonia vive o espírito profundo da consciência religiosa.

O bordão do hino, ouvido acima do esforço sinfônico da orquestra, é alegria, amor e harmonia para a humanidade toda.

Comove-nos a história de Beethoven quando regeu essa obra monumental em sua estreia, em 1824. Chegando ao término da apresentação, totalmente surdo, não pôde ouvir os aplausos estrondosos do auditório. Foi somente quando a cantora Carolina Ungher o fez virar-se para a plateia, que ele pode ver, com espanto, o entusiasmo dos ouvintes e as lágrimas que caíam da face de muitos. E, naquele ambiente carregado de emoção, o auditório pode por sua vez compreender a realidade da tragédia da vida de Beethoven.

O arranjo de “Hymnto Joy” foi feito por Edward Hodges, organista inglês radicado durante muitos anos em New York.

Trecho do livro “Nossos Hinos e Sua História”.

Este hino está publicado está publicado no I vol. Da “Coleção de Música Sacra”  publicação da Escola de Música Sacra do Colégio Bennett e a última página publicamos um arranjo para 3 vozes femininas.

Este hino está nos hinários Salmos e Hinos (SH. 70), Novo Cântico (NC. 28), Hinário Luterano (HL. 189), Hinário Adventista (HA. 14) e Hinário para o Culto Cristão (HCC. 60).

No Hinário para o Culto Cristão, a letra, de 1862, é de Christopher Wordsworth, teólogo, poeta e hinista inglês do séc. XIX e a tradução é de Salomão Luiz Ginsburg. A música, assim como nos outros hinários, é uma adaptação de Edward Hodges ao coral da 9ª Sinfonia de Beethoven.

Joanei Silva Miranda
Revisão: Joaquim Júnior.

Fonte: O MINISTÉRIO DA MÚSICA, Publicação dos Músicos Evangélicos do Brasil, ano 1 – Novembro e Dezembro – N.º 4

© 1964 de Joanei Silva Miranda
*Atualização do texto: Robson Junior e revisão de Joaquim Júnior
Usado com permissão

Tuas Obras te Coroam

Letra: Henry Van Dyke (1852-1933), 1907
Tradução: Isaac Nicolau Salum (1913-1993), 1940
Música: Ludwing Van Beethoven (1770-1827), “Nona Sinfonia (coral)”, 1826
Adaptação: Edward Hodges (1796-1867), 1864

Tuas obras te coroam
Como um halo de esplendor!
Astros, anjos, céus entoam
Hino eterno a ti Senhor!
Campos, matas, vales, montes,
Verde outeiro e verde mar,
Aves e sonoras fontes
Formam coro singular!

Nós, mortais, por ti remidos,
Deus de glória, Deus de amor,
Corações aos céus erguidos,
Celebramos teu louvor!
Revelaste amor profundo,
Insondável, sem igual,
Enviando Cristo ao mundo
A vencer por nós o mal!

Fonte és de alegria e vida,
És do bem o Inspirador;
Tua graça nos convida
A viver em mútuo amor
Quais alegres peregrinos,
Sempre em marcha triunfal,
Cantaremos gratos hinos
Na jornada até o final!

Você pode gostar...

3 Resultados

  1. Olá, sou pastor Presbiteriano e Liturgista. Continuamente estou utilizando das maravilhosas músicas sacras da nossa hinologia. E será um enorme prazer receber o material! Desde Já agradeço!

  2. Ronaldo disse:

    Esse louvor de Deus é algo revelado pelo espirito santo no silencio de quem não ouvia mas observava com intensidade e na emoção foi nobre.

  3. Irmão Garcia disse:

    Olá eu sou corista adoro louva a Deus

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *