Manhã

Manhã

Letra: Guilherme Kerr, 1988
Música: Tirza Silveira, 1988

Abaixo segue a história de “Manhã”, contada por Tirza Silveira e Guilherme Kerr Neto:

“É literal. Eu acordei de madrugada e comecei a cantar a melodia inteira. Gravei a melodia em um gravador daqueles antigos e levamos para o Gui que vestiu a música como se fosse eu falando da minha vida e do cuidado de Deus comigo.”[1].

“Na época 1988 – costumava encontrar regularmente com o João Alexandre para papear, compor e escrever canções juntos – foi uma época muito rica e proveitosa e a música da Tirza, foi uma surpresa ainda mais gostosa. João me contou o que tinha acontecido e eu tentei me colocar no lugar dela e contar a história em cima da linda melodia que ela nos mandou![2]

Adolescente tem seus sonhos e seus heróis. Eu como sempre gostei de música e de escrever tive também os meus referenciais. Qualquer garoto normal na minha idade e que gostasse de música, iria querer ser o cantor para estar na frente do palco ou o instrumentista virtuoso para chamar atenção para os seus solos e riffs contagiantes. Eu pelo contrário tinha o sonho diferente de ser letrista, isso mesmo, eu queria ser letrista, aquela figura geralmente desconhecida e longe holofotes dos palcos.  Quem sabe um Fernando Brant, um Vitor Martins, um Aldir Blanc ou um Paulo Cesar Pinheiro. Na verdade o meu sonho era ser Guilherme Kerr Neto, o cara responsável por muitas das canções que embalaram a minha vida e a de tantos outros. Letrista tão fluente e criativo como os maiores da nossa MPB. Coloco ele sem medo de errar entre estes mestres da poesia musicada do Brasil. O Guilherme Kerr me marcou não só musicalmente. Mas como cristão marcou a minha percepção de evangelho e o meu interesse pela cultura brasileira. Cheguei a escrever alguns musicais nessa época tentando imitá-lo (ainda bem que perdi todos, eram muito ruins). Hoje tenho músicas gravadas, gravei meu CD “POESIA DE RIO” e tenho feito letra para alguns amigos músicos que admiro de montão. Tudo isso graças ao cara que foi meu herói e influência maior: Guilherme Kerr.

Tudo isso que falei podemos ver refletido nesta linda canção: “Manhã”, lindíssima melodia composta pela Tirza Silveira que o Guilherme colocou uma letra estupenda, cheia de poesia e totalmente emocionante e que acerta o nosso coração em cheio.

Obrigado Guilherme! Obrigado Tirza! Por esta canção tão perfeita e tocante!

Clauber Ramos
Fevereiro de 2018

[1] SILVEIRA, Tirza. Histórico de “Manhã”. Mensagem recebida via Facebook por Robson José dos Santos Junior, em 21 jun 2017.

[2] NETO, Guilherme Kerr. Permissão – Manhã. Mensagem recebida por <robsonjosesantosjunior@gmail.com>

Manhã

Letra: Guilherme Kerr 1988
Música: Tirza Silveira, 1988

Por saber quem tu és,
Teu poder tua glória,
Eu me inclino a teus pés, Senhor!
Por saberes quem sou,
Meu sofrer, minha história
Prova o meu coração, Senhor!

Inda nem se fez manhã,
Eis-me aqui a te buscar.
Sem ti a vida é vã,
Sem razão passará.
Madrugada,
Foge o sono,
E é tão bom saber que estás aqui, Senhor!

Doce mistério
O teu amor por mim!
Nasce o sol,
Nasce a luz,
Nasce em mim!
E nem se fez manhã,
Eis-me aqui a te buscar.
Sem ti a vida é vã,
Sem razão passará.

Madrugada,
Foge o sono,
E é tão bom saber que estás aqui Senhor!
E é tão bom saber que estás aqui Senhor!

Manhã

Letra: Guilherme Kerr Neto (1953)

Música: Tirza Silveira (1963)

Data da composição: 1988

Título original em Português: “Manhã”

Primeira linha da primeira estrofe: Por saber quem tu és,

Álbuns:

• CD Adoração Comunitária – Guilherme Kerr & Amigos, 1989. (Faixa 06)
• CD Melhor Companhia – Cláudio Thompson, 2017. (Faixa 01)

Fonte original: Os autores