HCC 304 – Jesus, levaste a minha cruz
História
304. Jesus, levaste a minha cruz
“Levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (1Pedro 2.24).
DESDE OS PRIMÓRDIOS da fé, crentes contemplam a cruz de Cristo e extravasam, em cânticos, sua imensa gratidão. Há hinos antigos comoOh, fronte ensangüentada (130); Isaac Watts, o “Pai da hinódia inglesa”, escreveu Ao Contemplar a Rude Cruz (127), e Por meus pecados padeceu (190); Cecil Alexander exclamou: Oh, quanto, quanto nos amou (125). Felizmente, no Cantor cristão foi incluída a expressão de um brasileiro, um baiano, que ouviu o evangelho pela primeira vez aos 16 anos. Especialmente atraído pelos hinos, Manuel Avelino de Souza, continuou a assistir aos cultos. Aceitando a Cristo e sendo batizado aos 20 anos, não demorou a trabalhar para o seu Senhor. Chamado para o ministério e treinado no Colégio e Seminário no Rio de Janeiro, provou ser um verdadeiro “Príncipe de Israel”.1 (Ver a história desta “Vida Inspiradora” no HCC 251). Vinte e nove dos hinos deste líder dos batistas no Brasil foram colocados no Cantor cristão.
Neste hino, o pr. Avelino fala com o seu Salvador, considera todo o seu sofrimento e, em profundo espírito de gratidão, maravilha-se por tão grande amor. Cantemos este hino com o autor; falemos com o nosso Salvador com profunda gratidão; meditemos no seu grande amor, contemplando o que sofreu por nós. O HCC preserva quatro das cinco estrofes originais deste belo hino.
Como alguns outros bons textos do Cantor cristão, este precisava de uma nova melodia. A Subcomissão de Música do HCC convidou Roselena de Oliveira Landenberger para providenciar uma melodia que realçasse esta comovente mensagem, o que ela fez com esmero, em 1990. Roselena sempre fez “cada melodia inspirada pela letra original”. Todas as sete melodias que ela contribuiu para o HCC mostram este fato. (Ver HCC 67).
Ao receber o pedido da autora deste livro, então relatora da Subcomissão de Documentação e Histórico, de nomes para as suas melodias, Roselena perguntou em quais bases devia escolhê-los. Ao ouvir diversas idéias, perguntou:
– Pode dar nome de pessoas que a gente quer homenagear?
– Certamente, foi a resposta.
E foi exatamente isto que esta compositora fez. Em gratidão a pessoas que ama, homenageou-as com suas melodias, preservando sua memória enquanto seus hinos são cantados! Falando sobre o nome AMADOR, Roselena explica:
O nome da melodia é uma homenagem ao meu avô Amador José da Silva que também foi músico na sua juventude, a quem admiro e estimo. Ele está hoje [março, 1991] com 91 anos, e é lúcido, graças a Deus.2
1. ICHTER, Bill H. Vultos da música evangélica no Brasil. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista (JUERP), 1967. p.58
2. LANDENBERGER, Roselena de Oliveira. Carta à autora em 20 de março de 1991.