HCC 301 – Remido
História
301. Remido
“Em [Cristo] temos a redenção, a saber, a remissão dos pecados” (Colossenses 1.14)
“Digam-no os remidos do Senhor, os quais ele remiu da mão do inimigo!” (Salmo 107.2)
UM JOVEM de 18 anos foi a uma conferência para ouvir a famosa poetisa cega, Fanny Jane Crosby. Ele viu esta pequena senhora na frente do auditório, vestida de preto e, como de costume, seu pequeno caderno na mão, seus olhos cobertos com óculos escuros. Na hora de falar,
Fanny levantou a sua pequena e frágil mão, e com uma voz tão doce como o cântico dos passarinhos e calma com a segurança espiritual como se os anjos a tivessem inspirado1 citou diversas estrofes do seu hino Remido. Foi sua apresentação completa. Mesmo assim, esta simples e breve recitação, aparentemente inócua, era de uma profundidade esmagadora. “Não posso esquecer do encantamento que minha alma experimentou ao ouvir Fanny Crosby citar este hino”, testificou este homem, meio século após. “Minha vida foi literalmente transformada!”1
A letra de Fanny, com cinco estrofes, com a melodia de William J. Kirkpatrick, apareceu pela primeira vez em 1882 no hinário Songs of redeeming love (Hinos do amor que redime). A melodia de Kirkpatrick (ver HCC 318) ainda se encontra em muitos hinários. (Ver outros dados biográficos de Fanny Crosby no HCC 228)
A nova melodia de A.L. Butler foi cantada pela primeira vez pelo coro Singing Churchmen of Oklahoma, um grupo de ministros de música das igrejas batistas do Estado de Oklahoma, regido por Butler, na Convenção Batista do Sul em Detroit, Estado de Michigan, em junho de 1966. A Broadman Press publicou-a num arranjo para coro de vozes mistas em 1967, e para a congregação em 1968. The Baptist hymnal (O Hinário Batista) incluiu o hino (com as estrofes 1, 2 e 3) em 1975. A JUERP publicou esta versão em Vinde, cantai! (n.13), em 1980, e em Cânticos para vozes masculinas, v.II, (n.10) em 1981.
ADA, o nome da melodia, homenageia a cidade onde Butler morou e trabalhou por muitos anos. Esta melodia
“sopra uma brisa refrescante sobre um hino predileto. A melodia traz de volta a jubilosa mensagem deste hino clássico de Fanny J. Crosby.”2
Terry York, destacado hinólogo batista, declara:
Melodias são a arte especial de Pete [apelido de Butler]. São simples, cantáveis, e muitas vezes entram na memória dos seus cantores. Mais tarde, as melodias serão reproduzidas num solfejo ou assobio, trazendo a mensagem que carregam ao coração.3
Aubrey Lee (A.L.) Butler nasceu em 29 de junho de 1933 em Noble, Estado de Oklahoma, EUA. Sentindo-se chamado para o ministério de música sacra, fez o bacharelado em música pela Universidade Batista de Oklahoma e o mestrado em música pelo Seminário Teológico Batista do Sul em Louisville, Estado de Kentucky. Serviu por alguns anos como ministro de música em várias igrejas batistas nos estados do Sul.
Em Oklahoma serviu como presidente dos Músicos Batistas e membro da junta de diretores da Convenção Geral Batista do Estado. Em 1983, assumiu o professorado no Seminário Teológico Batista Midwestern em Kansas City, Estado de Missouri. Ali, Butler liderou o estabelecimento do curso de música sacra, do qual é diretor.
York ainda escreve:
“O ministério de A.L. Butler tem tocado a nação [talvez, o mundo] como autor e compositor de hinos, antemas corais e uma cantata, Something wonderful (Algo maravilhoso)”.4
Butler é membro da Sociedade de Compositores, Autores e Publicadoras (ASCAP) desde 1971.
Tanto ele como a sua esposa, Jo Ann [especialista em coros juvenis] “têm contribuído grandemente para o avanço na alta qualidade de educação musical e ministério na igreja local”.5 Butler serviu na Subcomissão de Música de The Baptist hymnal (O Hinário Batista) de 1991. É tio do compositor Ralph Manuel (ver HCC 23) que tanto contribuiu para o Hinário para o culto cristão.
1. MILLER, Basil. Fanny Crosby: singing I go. Grand Rapids, MI: Zondervan, 1950. p.92. Em: RUFFIN, Bernard. Fanny Crosby. Philadelphia, PA: United Church Press, 1976. p.187.
2. Ibid.
3. YORK, Terry W. Great hymns of missions. Nashville: Convention Press, 1979. p.44.
4. Ibid.
5. Ibid., p.43