HCC 199 – A Jesus, o Rei da glória

História

199. A Jesus, o Rei da glória

Bendizei ao Senhor, vós todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio! Bendize, ó minha alma ao Senhor!“(Salmo 103.22).

A VIDA do crente maduro, “o louvor, júbilo interior e contentamento são entrelaçados – complementam um ao outro. Vida como esta resulta de uma concentração em Deus. Para tal pessoa, a busca da glória de Deus, o senhorio de Cristo e a adoração e o louvor do nosso Criador-Redentor tornam-se uma maneira natural de viver. Para esta pessoa, as bênçãos de Deus nunca se tornam corriqueiras.”1

Este hino comunica bem o sentimento e a vida do seu autor, Henry Francis Lyte. Sofreu muitas dificuldades na sua vida, inclusive saúde precária (faleceu de tuberculose). Mesmo assim, nesta paráfrase do Salmo 103, Lyte nos ensina que, levantando sua voz em louvor, o crente pode superar os seus problemas em qualquer circunstância. Este texto é um resumo das admoestações do salmista no Salmo 103: relembrar todas as obras e maravilhas de Deus. Apareceu na coletânea Spirit of the psalms (O espírito dos salmos) em 1834. Lyte escreveu esta coleção de mais de 280 paráfrases de salmos para usar na sua igreja numa pequena vila de pescadores, Lower Brixham, condado de Devonshire, onde ele pastoreou de 1823 até sua morte. (Ver outros dados deste consagrado obreiro no HCC 15, onde há outra tradução da mesma paráfrase).

Salomão Luiz Ginsburg traduziu este hino em 1896, em Campos, RJ. Incluiu-o na edição de 1896 do seu hinário o Cantor cristão que, pelos seus esforços, crescia cada vez mais. (Ver dados biográficos deste admirável missionário pioneiro no HCC 29)

Esta linda melodia, escolhida pela Comissão do HCC para dar nova vida a este texto, foi composta pelo compositor batista Paul Truett Langston para outro texto, em 1965. Langston deu-lhe o nome de ERIN, para homenagear a sua filha. Foi incluída no Baptist hymnal (Hinário Batista), edição de 1975.

Paul Truett Langston nasceu em Marianna, Estado da Flórida, em 1928. Bacharelou-se na Universidade de Flórida e fez o mestrado em música sacra no Seminário Teológico do Sul (Louisville). Fez ainda o doutorado em música sacra no Seminário Teológico Union (Nova Iorque), terminando em 1963. Fez cursos em composição no Conservatório Americano em Fontainebleau, França, onde teve o privilégio de estudar com a ilustre Nadia Boulanger, a professora dos grandes compositores da época. Ainda ganhou bolsas de pesquisa com a Universidade de Carolina do Norte e Universidade Yale.

Serviu como Ministro de Música na Igreja Batista St. John em Charlotte, Carolina do Norte, de 1953 a 1960. Convidado para ser professor na Escola de Música da Universidade Stetson, no seu Estado natal, em 1960, tornou-se Deão da escola em 1963. Serviu nesta capacidade até 1985, quando Stetson lhe conferiu um Doutorado em música (honoris causa). Langston continua seu ensino na Universidade como o “Professor da cadeira de música sacra William R. Kenan”, e voltou em janeiro de 1993 da Alemanha onde serviu como professor num convênio.2

Langston é organista aprimorado, regente coral e compositor de várias melodias e antemas corais. É membro de um número de organizações profissionais, e incluído em Who’s who in America (Quem é quem na América do Norte). Em 1988, o Seminário de Louisville lhe conferiu o prêmio de “Formado de destaque” e, em 1991, a Universidade Stetson o homenageou com o prêmio de muito prestígio, “Prêmio de excelência McEniry”.

1. OSBECK, Kenneth W. Amazing grace. Grand Rapids, MI: Kregel Publications, 1990. p.332.

2. LANGSTON, Paul. Carta à autora em 29 de janeiro de 1993.

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