HCC 116 – Um dia
História
116. Um dia
Pela encarnação, Deus se interpôs na história humana e agiu dentro da estrutura do tempo e do espaço que humanos entendem. A vida e morte de Jesus Cristo demonstraram sua identificação com a humanidade, enquanto sua ressurreição transcendeu as limitações humanas. O hino Um dia projeta quatro cenas da vida de Jesus dentro da extensão da história humana e antevê o futuro dentro duma outra realidade.1
Estas cenas contam a história que todos nós conhecemos bem. Em cada evento que elas contam, dá-se um título a Jesus que “apreende o significado daquele evento”.
Estrofe 1: Encarnação e nascimento – amor divinal
Estrofe 2: Crucificação – Redentor
Estrofe 3: (4 do original) Ressurreição e ascensão – Intercessor
Estrofe 4: (5 do original) Volta em glória – Senhor
O refrão oferece o tratamento concentrado da mesma mensagem:2
Vivo, ele amou-me; na cruz, salvou-me;
e o meu pecado na tumba deixou.
E ressurreto, justificou-me;
um dia, em glória, Jesus voltará.
E qual deve ser a nossa resposta ao Senhor ao cantarmos esta mensagem?
“Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor. Pagarei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo” (Salmo 116.12,13,14).
J. Wilbur Chapman, o autor deste lindo hino nasceu em 17 de junho de 1859, em Richmond, Estado de Indiana, EUA. Educou-se na Universidade de Lake Forest e no Seminário Teológico Lane, sendo então ordenado ao ministério presbiteriano. Pastoreou várias igrejas antes de se tornar evangelista de renome, viajando extensamente em campanhas evangelísticas. Em 1917 foi eleito moderador da Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana, EUA. Chapman interessou-se pelo trabalho de conferências em acampamentos e promoveu o estabelecimento de centros de conferências em Montreat, na Carolina do Norte, e em Stony Brook, em Long Island, Nova Iorque. Autor muito conceituado, Chapman publicou oito livros e vários hinos. Faleceu no ano de 1918.
Joan Larie Sutton fez a tradução deste hino em 1969, a pedido do missionário Roger Cole, então Diretor do Departamento de Música da Convenção Batista do Estado de São Paulo. Cole publicou um arranjo coral do hino no mesmo ano. A JUERP publicou o hino congregacional com a tradução de Joan na coletânea Vinde, Cantai, em 1980. Assim o hino foi difundido entre as igrejas no Brasil. (Ver dados de Sutton no HCC 25)
Quando o jovem Charles Howard Marsh aceitou o convite de J. Wilbur Chapman para ser organista e pianista no Centro de Conferências Bíblicas, já era excelente pianista. Dois ou três anos mais tarde, ainda ao lado de Chapman, recebeu dele a letra de dois hinos, com o pedido que Marsh as musicasse. Um dia ganhou, então, a música que conhecemos, e recebeu o nome do autor, CHAPMAN.
Charles Howard March nasceu em 8 de abril de 1886 em Magnolia, Estado de Iowa, EUA, de pais recém-chegados da Inglaterra. Teve o privilégio de estudar durante vários anos de sua mocidade na Europa, com músicos de renome, como Nadia Boulanger (composição e orquestração), Charles-Marie Widor e Marcel Dupré (órgão). Voltando à sua pátria, Marsh destacou-se não somente na área da música, mas também como poeta e artista. Suas obras para canto, instrumentos, e corais, mostram sua grande habilidade criativa. Faleceu na Califórnia, em 12 de abril de 1956.
1. RICHARDSON, Paul A. One Day, Em: HUSTAD, Donald P. The worshiping church, Worship leader’s edition, Carol Stream, IL: Hope Publishing Company, 1990. n.196.
2. Ver Ibid.