HCC 017 – Fonte és Tu de toda bênção

História

17. Fonte és tu de toda bênção

ROBERT ROBINSON escreveu este hino para o festival de Pentecoste em 1758, para a igreja em Norwich, Inglaterra, da qual era pastor. Estas linhas revelam uma profunda gratidão a Deus, que o salvou duma vida de degradação. Na segunda estrofe Robinson faz referência a “Ebenezer”, alusão a 1 Samuel 7.12. Para que haja clareza, o Hinário para o culto cristão, como outros hinários recentes, substituiu este termo por uma frase que expressa seu sentido real. O texto foi publicado na coletânea de hinos, A collection of hymns, used by the church of Christ in Angel Alley, Bishopgate (Uma coletânea de hinos, usada pela Igreja de Cristo em Angel Alley, Bishopgate), em 1759.

Desde 1760 os hinários incluem somente três das quatro estrofes de Robinson.

(Ver mais informações sobre Robinson e este hino autobiográfico no HCC 288, onde há outra versão em português e outra melodia).

Robert Robinson, nascido em Norfolk, Inglaterra, em 27 de setembro de 1735, ficou órfão quando criança e, aos quatorze anos, foi aprendiz de barbeiro. Ali, caiu na influência de más companhias. Aos dezenove anos começou a sustentar-se a si mesmo. Uma noite, em 1754, querendo saber algo do seu futuro, foi a uma cigana. Essa estava bébada, mas, para mostrar como Deus pode usar qualquer pessoa ou ocasião que ele quer para alcançar uma pessoa, esta cigana disse para Robinson:

“Você viverá para ver os seus netos”.1

Estas palavras ficaram gravadas no seu coraçao. Robinson meditou em que tipo de avô ele seria. Na sua vida atual, não era um bom homem, faria um péssimo pai, e pior avô! Sabendo que o notável pregador, George Whitefield, estava fazendo conferências na sua cidade, foi ouví-lo. Lá, ouviu um sermão sobre arrependimento, sobre o texto de Mateus 3.7. Ficou muito impressionado e depois de três anos de lutas espirituais fez a sua profissão de fé. Tornou-se pregador. Pastoreou algumas igrejas na sua terra natal, sendo a última uma igreja batista onde ele serviu até a sua morte em 1790.

Robinson foi um homem extraordinário; embora lhe faltasse uma educação formal, tornou-se proeminente como pregador, erudito e teólogo. Escreveu muitas obras teológicas e publicou A history of the Baptists (Uma história dos Batistas), em 1790.

Justus Henry Nelson traduziu este hino de adoração e louvor em 1881. (Ver dados do tradutor no HCC 6)

A melodia NETTLETON faz parte (com o nome HALLELUJAH) da famosa coletânea de hinos The repository of sacred music (O repositório de música sacra), 2ª parte, de John Wyeth, publicada em 1813. Esta coletânea vendeu quase 200.000 cópias e continha hinos dos mais conhecidos hinistas da época nos Estados Unidos. A melodia tem sido atribuída tanto a Wyeth como a Asahel Nettleton (daí, o nome da melodia), um evangelista de renome do século 19, na Nova Inglaterra (Nordeste, EUA). Também sugeriu-se que um amigo de Nettleton compôs a melodia e lhe deu o nome NETTLETON em sua homenagem. Não há base para atribuí-la, com firmeza, a ninguém.

1. BONNER, Clint. A hymn is born. Nashville: Broadman Press, 1959, p.30.

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