A importância dos hinos em nossas igrejas – Jônatas Fernandes

O que é hino?

Bom, podemos dizer que hino é uma composição musical de espírito religioso endereçada a uma personalidade divina ou de caráter civil – patriótico, neste em questão, fica fácil a compreensão devido ouvir, cantar e escutar o famoso HINO NACIONAL BRASILEIRO. Umas das formas de enaltecer, elogiar e prestar culto, o fazemos também com música, canções e hinos.

Para nós cristãos, temos uma ligação muito particular e peculiar com os hinos. A nossa hinódia (acervo) cristã está inspirada nos Salmos de Davi, hinário oficial do povo de Israel. Nele há um compêndio de todas as formas e situações que devemos adorar ao Mestre da boa música, seja reconhecendo os Seus grandes feitos; entendendo quem somos; para que fomos criados; exprimindo as nossas súplicas e aflições confiante n’Aquele que pode resolver tudo; celebrando-O com ações de graças; reconhecendo as nossas misérias e lembrando de tudo o que Ele já fez por nós.

Desde a Idade Média já existiam livros com cânticos, porém, todos eles numa escrita e linguagem padrão, o latim. Na Pré-Reforma e Reforma (séc. XII – XVI) começam a surgir textos na língua vernácula, ou seja, textos com idiomas puro, tanto no falar como no escrever, sem a utilização de outro idioma que não fosse do estado ou país. A partir de então, a importância de cantar os hinos ganhou grande extensão de divulgação e execução, pois o hino se torna uma ferramenta de ensino. Em meados do séc. XVI surgem novos hinários, com a invenção da impressa no séc. XV por Johannes Gutenberg (ca.1398 – 1468), tornou possível imprimi-los em grande número tornando acessível a todos.

Em 1562, o reformador João Calvino (1509-1564) produziu o Saltério de Genebra, nele, continham os primeiros hinos dos Salmos completos.

Já na Inglaterra por volta de 1709, o então considerado Pai do Hino Inglês, Isaac Watts (1674-1748), publica o Hinos e Cânticos Espirituais, hinário de grande aceitação e ampla divulgação.

Aqui no Brasil, a primeira coletânea de hinos evangélicos em língua portuguesa foi o Salmos e Hinos em 1861, hinário contendo 50 salmos e hinos cantados pela 1ª igreja evangélica em língua portuguesa no Brasil fundada pelos pastores – missionários Dr. Robert Reid Kalley (1809-1888)  e Sarah Poulton Kalley (1825-1907).

Hinários

É de suma importância conservar os hinos nas igrejas, os hinos em sua essência carregam histórias e um legado de grandes personalidades de autores, músicos, tradutores, arranjadores de diversos países que em diferentes pontos do mundo, se unificam em um único quesito: propagar as boas-novas.

Momentos devocionais, hinos de louvor a Deus, letras com base bíblicas, músicas santas que enobrecem o nome d’Aquele que desde a fundação dos séculos a criou se personaliza no hino sacro – cristão.

O processo de criação não é sentimental – relativo, e sim devocional – reflexivo. O hino em sua estrutura, enaltece e faz sempre menção de Cristo – a mensagem é sempre Cristocêntrica. Sua melodia, ritmo, harmonia sempre se une ao texto de forma singular e única. Sua execução varia de forma simples convencional – tradicional (piano – órgão), as mais elaboradas (orquestras), porém, todas com um único objetivo: que o hino louve ao Senhor e a finésse de seu texto seja o veículo que o Espírito Santo atue com grande propriedade. Não há coração que resista ao chamado e ouvido que não queira escutar:

“Vem já, vem já! Alma cansada, vem já!”

Manso e suave Jesus, convidando …

A palavra importância traz consigo a seguinte definição: grande valor, influência, relevância e prestígio. Não é porque cantamos a Deus que Ele fica mais Deus ou Santo, independente se você cantar ou não, assim Ele É – Santo e Deus.Louvamos a Deus através dos hinos porque com isso nos aproximamos mais d’Ele, nos santificamos e por bondade e misericórdia somos agraciados por sua Graça.É isto o que nos ensina e mostra o Salmos 115: 8 – “A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam.”. O salmista descreve com clareza a diferença daquele que é Deus e daquele que nada tem ou pode fazer, e com isso, lança o versículo citado anteriormente.

Como não lembrar, se fortalecer e respirar ânimo para prosseguir com hinos…

“Canta minha alma, canta ao Senhor, 
Rende-Lhe sempre ardente louvor!” Frances Jane Crosby (18201915)

“Quão cego outrora eu já vaguei
Distante do Senhor,
Que veio lá dos altos Céus,
Salvar o pecador.” Isaac Watts (16741748)

“Maravilhosa graça! Maior que o meu pecar!
Como poder cantá-la? Como hei de começar?!
Trouxe-me alívio à alma, e vivo em toda a calma,
Pela maravilhosa graça de Jesus!” Haldor Lillenas (1885-1959) / Tradução: Alyna Muirhead

“Preciosa graça de Jesus
Que um infeliz salvou!
Eu cego estava, deu-me luz,
Perdido me buscou!” John Newton (1725-1807), 1779 / Tradução: João Wilson Faustini, 1958 Música: Melodia Norte Americana

Os hinos não são modas ou “hits” da vez, são músicas eternas que caminham no tempo sem obstáculos.

Tenho certeza que ao ler estes trechos acima, sua mente e lábios cantaram, sua mente se voltou a um passado saudoso e um futuro certo: ser um defensor dos hinos em nossas igrejas.

Jônatas Fernandes

© 2016 de Jônatas Fernandes – Usado com permissão

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1 Resultado

  1. Creuza Nunes Pinto disse:

    Boa tarde
    gostaria de saber sua opinião sobre o uso de baterias e percussões nos hinos clássicos, sou adventista do sétimo dia, fico bastante irada com a intromissão desses instrumentos, principalmente nos cultos. estou amando seus textos, eles vem de encontro com tudo que penso em relação aos hinos, que dever ser para adorar e glorificar o Deus vivo!

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