Elisabeth Cruciger (1500-1535)

Biografia

Elisabeth von Meseriz Cruciger (1500-1535)

Primeira compositora do protestantismo

Elisabeth von Meseritz nasceu, provavelmente, em 1500, num distrito que ficava entre a Pomerânia (país que desapareceu com as guerras) e a Polônia. Existem indícios que ela tenha nascido, provavelmente na propriedade Meseritz (atualmente condado/província de Międzyrzecze) junto à cidade de Schievelbein (atualmente Swidwin[1], Polônia).[2] Não é possível identificar a origem da sua família, pois há pouca documentação sobre a sua história.[3] Ela era, provavelmente, filha de uma família nobre da região da Pomerânia.[4] Sabe-se que, ainda criança, ingressou no “Convento Irmãs de Maria” da ordem dos Premonstratenses em Treptow junto ao Rio Rega (atualmente Trzebiatów, Polônia[5]).[6] Sabe-se, também, que o convento era um dos poucos lugares que oferecia educação para as meninas. Entrar no convento significava ter uma rede de contato com muitas outras meninas e mulheres, muitas delas de origem nobre. As mulheres aprendiam leitura, escrita, matemática, música, latim, recebiam também conhecimentos de Bíblia e Teologia. As orações diárias e as missas, provavelmente, aconteciam também em latim.[7] Elisabeth manifestou desde pequena um grande interesse pela música.[8]

O responsável pela espiritualidade deste convento era o sacerdote Johannes Bugenhagen, que também atendia o convento masculino da mesma ordem em Belbuck. Ele tinha formação humanista, e também desejava retornar às fontes. Com o chamado Ad fontes ele estava interligado com muitas pessoas na Europa que buscavam redescobrir, de forma nova, as raízes europeias ocidentais. A Bíblia deveria ser lida em sua língua original (hebraico e grego) e, da mesma forma, os antigos filósofos.[9] Buscava-se a libertação da tutela da igreja e a autonomia na leitura, na interpretação da Bíblia e dos antigos filósofos. Em 1520, ele ensinou sobre o escrito de Lutero “Do Cativeiro Babilônico da Igreja”[10], onde o reformador, pela primeira vez, deixa claro o seu programa de Reforma.[11]

Alguns meses mais tarde, Johannes Bugenhagen, com 36 anos, transfere-se para Wittenberg, para estudar teologia. Muitos o acompanharam e saíram do convento. Ele era conhecido em Wittenberg como “Dr. Pomeranus” ou “Der Pommer”.[12]

Foi através de Johannes Bugenhagen, que Elisabeth von Meseritz teve, no convento, contato com as ideias reformatórias que afirmavam que, para alcançar a salvação, são necessárias somente a Graça, a Fé, a Escritura e Cristo. Têm-se notícias de uma carta datada em 19 de janeiro de 1519, referente a uma troca de correspondência de cunho teológico entre Elisabeth com um Judeu batizado chamado Joaquim de Stettin.[13] A carta de Elisabeth foi uma resposta à carta de Joaquim. Ela escreveu numa linguagem, que demonstra segurança, conhecimento bíblico, além de transmitir consolo. A carta foi escrita na linha das descobertas da Reforma, justificação por graça e fé.[14] Ela iniciou a sua carta com desejos de graça e paz.[15] Na carta ela conduziu palavras de consolo, colocando-se com uma verdadeira pastora que consola um amigo querido. Ela se utilizou de palavras bíblicas do Evangelho de João 13.34: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. Ela terminou a carta, com as seguintes palavras: “Por isto eu peço também por ti, para que Deus o Senhor te receba… Eu te menciono como um irmão querido e recebi tua querida carta e reconheço teu coração cristão”.[16]

Elisabeth deixou o convento, provavelmente, aos 18 anos de idade.[17] Não se sabe, se ela fugiu do convento, como Katharina Von Bora, ou se foi uma saída geral de mulheres do convento. Ela seguiu para Wittenberg.[18] Foi acolhida na casa da família de Johannes Bugenhagen que havia se casado com Walp[b]urga Bugenhagen, no dia 13 de outubro de 1522.[19] Johannes Buggenhagen era o pastor na cidade de Wittenberg.

A casa pastoral também era uma espécie de pensionato, o que era bastante comum no tempo da Reforma. Foi na casa de Johannes e Walp[b]urga Bugenhagen que ela conheceu o estudante e colaborador de Lutero, Caspar Cruciger[20], natural de Leipzig. Ele havia chegado a Wittenberg em 1521 para estudar Teologia com Martin Luther e Philipp Melanchthon. Também estudou Matemática e Ciências Naturais. Ele se tornou um grande colaborador da Reforma.

Elisabeth e Caspar casaram-se no dia 14 de junho de 1524[21], numa terça-feira, que era o dia da semana em que se realizavam os casamentos. Foi o próprio Dr. Martin Luther que oficiou a cerimônia. Na celebração do casamento foram ditas as palavras do livro de Gênesis que fortaleciam o papel de gênero, do homem e da mulher no matrimônio. O homem ganhará o sustento sob o suor do seu rosto, sendo o provedor da família e a mulher em dores de parto, dará a luz filhos e filhas.[22] Na cerimônia do casamento eram enfatizadas as dificuldades de cada um dos cônjuges, segundo Gênesis 3.16 e 3.19, a mulher dará a luz em dores de parto e o homem como provedor da família, ganhará o pão com o suor do rosto. Lutero, mesmo que avançado teologicamente, foi fruto do seu tempo e considerou  natural, o papel do homem como provedor da família e da mulher como esposa e mãe.[23]

Elisabeth e Caspar fizeram parte da primeira geração de pastores/reformadores que casaram. Elisabeth era uma ex-freira. Ex-freiras eram também vistas com desconfiança. Este fato era visto com desconfiança. Importante lembrar que estava surgindo um novo papel social para as mulheres que se casavam com pastores.[24] O papel de esposa de pastor estava começando a ser construído socio-historicamente. Certamente, assumir este papel não foi fácil para estas mulheres.[25] Pela história em comum, como ex-freiras, Elisabeth von Meseritz Curciger e Katharina tinham muitas histórias em comum.[26]

Quando Caspar terminou seu doutorado, foi enviado para ser pastor e diretor de uma escola em Magdeburg. Elisabeth deu a luz a um filho (1525) e a uma filha (não sabe-se o ano). Esses receberam o mesmo nome dos pais: Caspar e Elisabeth. O filho tornou-se teólogo como o pai e a filha casou-se, em primeiras núpcias com o Reitor de nome Kegel. Após o falecimento do espos casou-se com o filho mais velho de Catarina e Lutero.[27]

No final de 1527, o casal voltou para Wittenberg. Caspar, em 1528, tornou-se professor, primeiramente, na Faculdade de Filosofia e depois na de Teologia. Ao mesmo tempo tornou-se pregador na Igreja do Castelo. Ao lado de Lutero, ele  colaborou na tradução do Antigo Testamento e na impressão da Bíblia.[28] Caspar era muito elogiado, por suas habilidades rápidas de escrita. Ele também foi o protocolante das prédicas de Lutero.[29]

Sobre a vida de Elisabeth como mãe, esposa, dona de casa sabe-se muito pouco. As famílias Cruciger, Bugenhagen e Lutero mantiveram uma forte amizade. Também Katharina von Bora, Elisabeth e Walp[b]urga foram muito amigas.[30] Numa carta que Lutero escreveu para Cruciger ele faz comentários sobre a troca de presentes entre Katharina e Elisabeth.[31] O filho Caspar, estudou teologia como seu pai e substituiu o professor Melanchthon, após o seu falecimento. A filha Elisabeth, casou num primeiro casamento com um diretor de escola, chamado Kegel. Quando ela tornou-se viúva, casou-se em segundas núpcias com Johannes Luther, o filho mais velho de Katharina e Lutero.[32]

No ano do seu casamento em 1524, Elisabeth escreveu o hino “Senhor Cristo, o único filho de Deus, pai em eternidade”.[33] Lutero incluiu este hino no primeiro hinário protestante em Wittenberg.[34] Ainda hoje este hino se encontra no hinário oficial da Igreja Evangélica da Alemanha. É o hino  67: cantado no último domingo de Epifania. Elisabeth é considerada a primeira compositora do protestantismo.[35]

Assim escreveu Elisabeth:

Senhor Cristo, o único Filho de Deus,
Pai em eternidade
Do seu coração brotou,
como está escrito,
ele é a estrela da manhã,
ele estende seu brilho claro para os lugares mais distantes
para muito além das outras estrelas;

Nascido para nós como ser humano,
quando completou-se o tempo
Para que nós não ficássemos perdidos perante Deus na eternidade
a morte para nós aniquilou,
o céu ele abriu
A vida de volta foi trazida.

Deixa-nos em teu amor
e que teu conhecimento aumente,
que permaneçamos na fé,
e que te sirvamos em Espírito
que nós sintamos o gosto
a doçura do teu coração
sendo sempre sedentos de Ti.

Tu criador de todas as coisas,
Tu força paternal governa de eternidade a eternidade,
poderoso a partir do teu próprio poder.
Que nosso coração se dirija a ti
e volte a partir da nossa mente.
Para que não nos apartemos de Ti.

Faça-nos dormir com a tua bondade,
acorda-nos por tua graça.
O velho ser humano adoece,
para que o novo queira viver.
E aqui nesta terra
que a mente, todos os desejos e pensamentos sejam levados a Ti.[36]

O hino composto por Elisabeth demonstra o seu grande conhecimento bíblico e a sua sabedoria teológica. Logo no primeiro verso, ela faz menção ao texto do Evangelho de João capítulo 1, versículo 18: “o filho, nascido do coração de Deus”. Ela se refere a Cristo como a estrela da manhã, que brilha nos lugares mais distantes, fazendo referência ao texto bíblico de Apocalipse 22.6. O último verso lembra o texto de Paulo escrito aos Romanos 6.4-11: “Na graça acorda-se como novo ser humano.” Também lembra o Salmo 34.9 “Provai e vede como o Senhor é bom”.[37]

No hino de Elisabeth também podem ser percebidas as suas raízes místicas. Ela se utiliza de uma linguagem sensitiva para se referir a Jesus Cristo, por exemplo, no terceiro verso: “Deixa-nos em teu amor / e que teu conhecimento aumente, / que permaneçamos na fé, / e que te sirvamos em Espírito / que nós sintamos o gosto / a doçura do teu coração / sendo sempre sedentos de Ti.”[38]

O hino demonstra uma experiência espiritual que, somente com uma linguagem poética, mística é possível descrever o Cristo da graça. Elisabeth é uma teóloga-compositora.[39] O seu hino afirma os princípios protestantes “Solus Christus” – somente Cristo, Sola Gratia – somente a graça, “Sola Scriptura” – somente a escritura e “Sola Fide” – somente por meio da fé as pessoas encontram Deus.[40]

A mensagem deste hino é uma confissão de fé. Afirma que a fé cristã não é apenas um ato de compreensão intelectual, mas um movimento do coração, da vida, voltado não para o céu distante, mas para uma espiritualidade engajada na vida concreta, a partir da graça, que faz nascer um novo ser humano firmado na doçura do coração de Deus.[41]

O hino de Elisabeth também serviu de inspiração para Johann Sebastian Bach na elaboração da cantada coral “Deus o único filho de Deus”. Ele compôs a cantata coral em Leipzig para o 18. Domingo depois da Trindade, sendo executada pela primeira vez no dia 08 de outubro de 1724.[42] A cantata de Bach, baseada na música de Elisabeth, pode ser vista e ouvida na internet.[43]

O hino composto por Elisabeth é baseado no hino latino de Natal “Corde natus ex parentis”, traduzindo “Do pai o coração nasceu”, de Aurelius Prudentius, Que foi um poeta cristão dos primeiros séculos da era cristã. [44]

Elisabeth era uma humanista. O hino composto por ela comprova o seus conhecimentos de latim, de música e de teologia luterana. Em seu hino percebe-se uma volta às fontes, aos poetas cristãos dos primeiros séculos.[45]

O hino de Elisabeth contém também espiritualidade do misticismo medieval cristão.[46] Isso nos mostra que o luteranismo teve influências místicas em sua hinologia, na sua espiritualidade.[47] O grande apreço de Lutero ao hino composto por Elisabeth von Meseritz Cruciger se mostra no fato de que, já em 1524, o mesmo foi publicado na cidade de Erfurt, juntamente com outros hinos, inclusive de Lutero, como livro de bolso para cantar nas comunidades.[48]

Crucigers Lied Herr Christ, der einig Gotts Sohn im Babstschen Gesangbuch (1545)[49]

Resumindo, Elisabeth Cruciger combina de forma única no seu hino: “a) Testemunho bíblico, b) Tradição teológica patrística, c) Medieval (mulheres) Misticismo e d) Doutrina evangélica”.[50]

A educação teológica e bíblica que Elisabeth von Meseretiz Cruciger recebeu no convento, provalvelmente, foi fundamental para escrever a letra e a música deste hino tão profundo. Por outro lado, a Teologia do Cristo, da Graça, do movimento reformatório, está muito presente em sua poesia.

O hino é de uma grande profundidade espiritual, sendo ainda hoje cantado nas Comunidades Evangélicas na Alemanha, especialmente, no período litúrgico de Epifania. Elisabeth Cruciger é uma teóloga-poeta, mãe da fé e da Reforma Luterana.[51] Ao escrever o hino, Elisabeth toma um elemento sensorial importante da Reforma, que envolve a audição: A fé vem pelo ouvir o Evangelho (Romanos 10.17). A percepção da Boa Notícia do Evangelho não é somente espiritual, mas também corporal e sensorial.[52] Por isto, a música é tão importante para o reformador Martim Lutero. O reformador escreveu no Prefácio da tradução do Novo Testamento em 1522: “ Isso porque evangelho é uma palavra grega que quer dizer “boa mensagem”, “boa notícia”, “boa nova”, “bom anúncio”, de que se canta, fala e se alegra.”[53].

Numa conversa à mesa, Lutero  também disse: “Deus prega o Evangelho através da música”.[54] Portanto, Elisabeth pregou não no púlpito, mas através da composição do seu hino.[55] O seu hino ainda hoje continua sendo cantada nas Igrejas de tradição Luterana e Reformada. A mensagem do seu hino aponta para o equilíbrio entre a racionalidade e a emotividade e isto ainda continua sendo um desafio para os dias de hoje.

Elisabeth von Meseritz Cruciger faleceu no dia 02 de maio de 1535.[56] Elisabeth foi uma grande poetisa, uma teóloga sensível, que fala de um Deus doce, misericordioso e gracioso. O amigo Philipp Melanchthon escreveu numa carta sobre a dor do luto do esposo: “Cruciger levou Sebaldus junto como acompanhante, para aliviar o seu luto, pois ele perdeu a sua esposa.”[57] Elisabeth foi uma teóloga leiga, com grande conhecimento bíblico. Ela faz parte da vanguarda da Reforma Luterana, sendo reconhecida como “Mãe da Fé e da Reforma.”[58]

TEXTO PUBLICADO NO LIVRO AS MULHERES NO MOVIMENTO DA REFORMA.

ULRICH, Claudete Beise. GRALOW, Heloisa Gralow. Mulheres no movimento da reforma. São Leopoldo: Sinodal, 2017. p. 37-46.

Claudete Beise Ulrich 

© 2017 de Claudete Ulrich – Usado com permissão

[1] CIDADE ŚWIDWIN. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/%C5%9 Świdwin. Acesso em: 20 mar. 2015.

[2] SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger: Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen! Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17 Acesso em: 20 abr. 2015.

[3] DOMRÖSE, Sonja. Frauen der Reformationszeit: Gelehrt, mutig und glaubensfest. 2. auf. Göttingen: Vandenhoeck& Ruprecht, 2011, p. 60.

[4] DOMRÖSE, 2011, p. 60.

[5] CIDADE TRZEBIATÓW. Disponível em: https://pl.wikipedia.org/wiki/Trzebiat%C3%B3w. Acesso em: 20 mar. 2015.

[6] SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger: Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen! Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17 Acesso em: 20 abr. 2015.

[7] SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger: Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen! Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17 Acesso em: 20 abr. 2015.

[8] HAASE, Lisbeth. Mutig und Glaubensstark: Frauen und die Reformation. Leipzig: Evangelische Verlangsanstalt, 2011, p. 39-40.

[9] ELLRICH, Hartmut. Die Frauen der Reformatoren. Petersberg: Michael Imhof, 2012. p. 24.

[10] LUTERO, Martinho. Do cativeiro Babilônico da Igreja. LUTERO, Martinho. Obras selecionadas: O programa da Reforma: escritos de 1520. São Leopoldo: Sinodal; Porto Alegre: Concórdia, 1995, v. 2, p. v341-424.

[11] DOMRÖSE, 2011, p. 61.

[12] DOMRÖSE, 2011, p. 61.

[13] DOMRÖSE, 2011, p. 62.

[14] DOMRÖSE, 2011, p. 63.

[15] DOMRÖSE, 2011, p. 63.

[16] DOMRÖSE, 2011, p. 62.  „Liebt euch untereinanader, gleichwie ich euch gelieb. Deshalb bitte ich auch für dich, dass dich Gott der Herr erhalte“[…] „Darum ich dich einen herzlichen Bruder nenne un deine Schrift lieblich empgagen habe und erkenne dein christliches Herz“.

[17] HAASE, Lisbeth. Mutig und Glaubensstark: Frauen und die Reformation. Leipzig: Evangelische Verlagsanstalt, 2011, p. 49.

[18] DOMRÖSE, 2011, p. 63.

[19] MAGER, Inge. Bugenhagen, Walp[b]urga.Stille, aber unverzichtbare Lebensgefährtin und Hausregentin. Disponível em: http://frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=103. Acesso em: 20 out. 2016.

[20] Ele é um dos primeiros doutores formados em Wittenberg.

[21] ELLRICH, Hartmut. Die Frauen der Reformatoren. Katharina Melanchthon: geborene Krapp (1497-1557). Petersberg: Michael Imhof, 2012. p. 24.

[22] DOMRÖSE, 2011, p. 64.

[23] LUTERO, Martim. Da vida matrimonial. In: LUTERO, Martim. Obras selecionadas: Ética: Fundamentos, oração –sexualidade – educação – economia. São Leopoldo: Sinodal; Porto Alegre: Concórdia, 1995, v. 5, p. 160-183.

[24] DOMRÖSE, 2011, p. 69.

[25] Ser esposa de pastor significava assumir junto todos os conflitos que a Reforma trazia consigo. Além de assumir também um novo papel que estava se desenhando para as mulheres. Não era mais o convento o lugar mais importante para a salvação, mas o matrimônio, o casamento, ter filhos: ser esposa e ser mãe. Por um lado, este novo jeito de ser, trouxe consequências históricas para a vida das mulheres, pois por muito tempo, e, ainda hoje, continua sendo pregado, por alguns grupos, a submissão da mulher e a não igualdade entre os sexos. A justificativa da naturalização (ser mulher e ser homem) tem definido culturalmente o gênero e isto tem sido afirmado através dos discursos teológicos e de leituras bíblicas não contextuais.

[26] DOMRÖSE, 2011, p. 69.

[27] DOMRÖSE, 2011, p. 68.

[28] ELLRICH, Hartmut. Die Frauen der Reformatoren. Petersberg: Michael Imhof, 2012, p. 25. DOMRÖSE, 2011, p. 68

[29] DOMRÖSE, 2011, p. 68. „DieLutheraner haben einen Schreiber, gelehrter als alle Päpstlichen!“ „Os luteranos tem um Escritor, estudado como todos os Papas.“

[30] MAGER, Inge. Bugenhagen, Walp[b]urga.Stille, aber unverzichtbare Lebensgefährtin und Hausregentin. Disponível em: http://frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=103. Acesso em: 20 out. 2016.

[31]SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger:Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen!. Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17

Acesso em: 20 out. 2016.

[32] DOMRÖSE, 2011, p. 68-69.

[33] DOMRÖSE, 2011, p. 66.

[34] DOMRÖSE, 2011, p. 60.

[35] DOMRÖSE, 2011, p. 59.

[36] Hino conforme EVANGELISCHES Gesangbuch, Hannover: Lutherisches Verlagshaus GmbH; Göttingen: Vandenhoeck& Ruprecht GmbH & Co. KG, 1994. Lied (Hino 67): Kirchenjahr: Epiphanias (Tempo da Igreja: Epifania). Aqui o hino completo na língua alemã: Und hier der komplette Text des bekannten Kirchenliedes, wie er sich heute im Evangelischen Gesangbuch unter der Nummer 67 findet:

Herr Christ, der einig Gottes Sohn,
Vaters in Ewigkeit,
aus seim Herzen entsprossen,
gleichwie geschrieben steht,
er ist der Morgensterne,
sein Glänzen streckt er ferne
vor andern Sternen klar;

Für uns ein Mensch geboren
Im letzten Teil der Zeit,
dass wir nicht wärn verloren*
vor Gott in Ewigkeit,
den Tod für uns zerbrochen,
den Himmel aufgeschlossen,
das Leben wiederbracht:

Lass uns in deiner Liebe
und Kenntnis nehmen zu,
dass wir am Glauben bleiben,
dir dienen im Geist so,
dass wir hier mögen schmecken
dein Süssigkeit im Herzen
und dürsten stehts nach dir.

Du Schöpfer aller Dinge,
du väterliche Kraft,
regierst von End zu Ende
kräftig aus eigner Macht.
Das Herz uns zu dir wende
und kehr ab unsre Sinne,
dass sie nicht irrn von dir.

Ertöt uns durch dein Güte,
erweck uns durch dein Gnad.
Den alten Menschen kränke**,
dass er neu‘ leben mag
und hier auf dieser Erden
den Sinn und alls Begehren
und G’danken hab zu dir.

(Tradução do hino foi realizada por Claudete Beise Ulrich e Heloisa Gralow Dalferth).

[37] DOMRÖSE, 2011,p. 66-67.  Veja também: SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger:Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen!. Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17. Acesso em: 20 out. 2016.

[38] DOMRÖSE, 2011, p. 67. Veja também: SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger:Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen!. Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17. Acesso em: 20 out. 2016.

[39] DOMRÖSE, 2011, p. 67. Veja também: SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger:Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen!. Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17. Acesso em: 20 out. 2016.

[40] DOMRÖSE, 2011, p. 67 Veja também: SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger:Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen!. Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17. Acesso em: 20 out. 2016.

[41] DOMRÖSE, 2011, p. 65-67. Veja também: SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger:Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen!. Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17. Acesso em 20 Out. 2016.

[42] Herr Christ, der einge Gottessohn, BWV 96. Disponível em:

https://en.wikipedia.org/wiki/Herr_Christ,_der_einge_Gottessohn,_BWV_96. Acesso em: 20 jul. 2016.

[43]Para ouvir a cantada composta para Coral de JOHANN SEBATIAN BACH acesse: https://www.youtube.com/watch?v=7a8W-SzU3tI ou https://www.youtube.com/watch?v=PIkleRX9MvM. Acesso em: 20 jul 2016.

[44] AURELIUS PRUDENTIUS CLEMENS  Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Prudentius .Acesso em: 20 de Out.. 2016.

[45]  SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger:Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen!. Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17. Acesso em 20 Out.. 2016.

[46] SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger:Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen!. Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17. Acesso em 20 Out.. 2016.

[47]BONING, Claudio. Sapientia Experimentalis: A relação de Lutero com a mística. Disponível em: anais.est.edu.br/index.php/congresso/article/download/58/114. Acesso em: 20 jul. 2016.

[48] ELISABEHT CRUCIGER. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Elisabeth_Cruciger. Acesso em: 20 jul. 2016.

[49] CRUCIGER, Elisabeth Cruciger – Babstsches Gesangbuch 1545.(Gemeinfrei –Domínio Público). Disponível em: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=38009067. Acesso em: 20 nov. 2016.

[50] SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger: Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen! Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17 Acesso em: 20 Out. 2016.

[51] SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger: Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen! Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17 Acesso em: 20 Out. 2015.

[52] DOMRÖSE, 2011, p. 67-68.

[53] LUTERO, Martinho Lutero. Pelo Evangelho de Cristo: Obras selecionadas de momentos decisivos da Reforma. Trad. Walter O. Schlupp. Porto Alegre: Concórdia & São Leopoldo: Sinodal, 1984. p. 173-174.

[54] DOMRÖSE, 2011, p. 68.

[55] DOMRÖSE, 2011, p. 70. A primeira pastora que assumiu uma comunidade na Alemanha foi Waltraud Hübner em 1959.

[56] DOMRÖSE, 2011, p. 69.

[57] DOMRÖSE, 2011, p. 69.

[58] SCHNEIDER-BÖKLEN, Elisabeth. Elisabeth Cruciger: Die erste Liederdichterin der evangelischen Kirche – ihr Lied wird heute noch gesungen! Disponível em: http://www.frauen-und-reformation.de/?s=bio&id=17 Acesso em: 20 Out. 2015.

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