Jesus é melhor, sim, que ouro e bens (I’d Rather Have Jesus) – Trad. Eduardo Peixoto

Letra: Rhea F. Miller (1894–1966), 1922

Música George Beverly Shea, (1909-2013), 1939

Hino Publicado em mais de 20 Hinários de várias denominações evangélicas.

Duas vidas que não se conheciam foram conectadas pela manifestação do Espírito Santo com 17 anos de diferença entre cada experiência, única e pessoal que tiveram.

Duas experiências distintas num mesmo louvor com um firme e maravilhoso projeto do Espírito Santo de Deus para cada uma delas.

Uma, Rhea Miller, autora da letra. A outra, Beverly Shea, autor da música.

Ao caminhar pelos campos perto de sua casa, Rhea Miller, então com 28 anos de idade, lembrou-se da batalha que seu pai travou com o alcoolismo e como o Senhor o libertou do vício. Seu pai havia feito um comentário que ele preferiria ter Jesus em sua vida a qualquer ouro e prata do mundo e todas as casa e terras que o dinheiro pudesse comprar.

Nesse momento de meditação que as palavras proferidas por seu pai a inspiraram a escrever a letra esse lindo louvor de gratidão. Rhea era uma excelente pianista e também compôs uma melodia para a sua letra.

Mas Beverely Shea viu apenas as linhas poéticas escritas por Rhea e compôs outra melodia, sua própria melodia que é essa a que conhecemos. Com o passar dos anos, “Jesus é melhor sim que ouro e bens” se tornou o louvor pelo qual Beverly Shea ficou conhecido e marcado.

O pai de Beverly Shea era pastor de uma pequena igreja. Ainda jovem Beverly Shea já ministrava aulas de musica na igreja do pai. Numa manhã de domingo, em 1929, seu compromisso com o Senhor foi confirmado e fortalecido através de um pequeno pedaço de papel e uma experiência maravilhosa em sua vida.

Ele estava sentado ao piano, se preparando para o início do culto daquela manhã de domingo. Seus olhos ficaram como que paralisados ao ver um pedaço de papel que estava preso no suporte de partituras musicais.

Sua mãe costumava compartilhar com ele artigos e poemas que ela achava que poderiam ser uma benção em sua vida. Neste caso específico, era o poema escrito por Rhea Miller.

Beverly Shea foi imediatamente visitado pelo Espírito Santo e seu coração tocado ao ler a mensagem escrita naquele texto e imediatamente começou a compor a melodia, cantando pela primeira vez naquele mesmo culto de uma manhã de domingo.

As palavras dessa linda poesia foram determinantes em sua vida para que ele usasse seu dom musical ao serviço do Senhor.

Alguns anos depois, recebeu uma proposta para se tornar um vocalista em um programa de rádio de rede. Ele recusou. A possibilidade de um emprego estável e muito dinheiro no ramo musical poderia ter sido bastante tentadora naqueles anos de depressão, mas a caminhada de Beverly Shea estava definida e ele nunca voltou atrás.

Seu versículo favorito da Escritura é: “Os meus lábios exultarão quando eu te cantar, assim como a minha alma, que tu remiste”. Salmos 71:23.

Em 1939, o Rei George VI e a Rainha Elizabeth foram ao Canadá, e visitaram o famoso “Stampede of Calgary”. Durante uma cerimônia especial, 1 Chief White Feather (Chefe da Pena Branca) foi convidado a cantar.

Sendo um cristão, ele cantou “I’d Rather Have Jesus” (Jesus é melhor sim, que ouro e bens) como seu testemunho.

A letra original contém as linhas, aqui traduzida literalmente: “Prefiro ter Jesus do que ser o rei de um vasto domínio”.

Depois de seu solo, o chefe, ao ser elogiado pelo Rei e pela Rainha, ousadamente perguntou: “E você, preferiria ter Jesus?”. A Rainha respondeu sem hesitar: “Sim, o rei e eu preferiríamos”.

Esta é uma canção sobre valores. Pesa uma relação pessoal com o Senhor Jesus Cristo contra duas coisas particulares: dinheiro e bens, por um lado, e fama e popularidade, por outro. Ele ecoa uma pergunta penetrante: “Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Marcos 8: 36). Qual será a sua resposta? Eu confio que você responderá nas palavras de Rhea Miller:

Sobre os autores:

Rhea F. (Ross) Miller (1894–1966)

Rhea nasceu em 1894 em Brooktondale, Nova York. Seus pais eram Martin e Bertha Ross. A mãe de Rhea era cristã, mas seu pai era um alcoólatra que não queria nada com a igreja ou a religião. Bertha, no entanto, fielmente orou por seu marido e ele finalmente aceitou Cristo e se tornou um pastor.

A família Miller frequentou a igreja de Martin, onde seu filho Howard conheceu Rhea, se apaixonou e se casou.

Após a morte de seu marido, Rhea ensinou piano e, de acordo com o relato de Ron Kelly, Jr., “Ele tinha um objetivo específico com seu ensino, e isso era entrar em tantas casas de pastores quanto possível e ensinar seus filhos como tocar piano, sem nenhuma taxa para a família do pastor, para que, quando atingissem a maturidade, tivessem algo a contribuir para a Igreja”.

Rhea foi descrita como uma mulher vibrante e fascinante. Infelizmente, ela mais tarde desenvolveu a doença de Parkinson e perdeu o controle de sua mão esquerda. Ela faleceu em 1966.

George Beverly Shea (1909-2013)

George Beverly Shea nasceu em 01 de fevereiro de 1909 em Winchester, Ontário, Canadá, filho de Adam Joseph e Maude Mary Theodora (Whitney) Shea.

Seu pai era um pastor da igreja Metodista Wesleyana, ministrando no Canadá até tomar um pastorado em Nova York.

Bev Shea, com sua voz de barítono distinta, primeiro executado publicamente como um membro do coro da igreja. Ele aparentemente tinha uma afinidade natural com a música, como ele relatou mais tarde:

“Sendo um dos oito filhos que meus pais tiveram, minha mãe percebeu que eu não podia ficar longe do piano. Quando eu era muito jovem, antes que os outros vieram, eu estava batendo no piano e então ela teve tempo para me ensinar alguns acordes, como as pessoas fazem em uma guitarra nos dias de hoje. Eu tive aulas por um tempo, mas descobri que eu prefiro apenas desenvolver acordes diferentes em todas as diferentes chaves e tocar de ouvido. Eu não faço isso para as pessoas de hoje, mas eu ainda toco assim para minha esposa e para o meu próprio prazer, de manhã e noite”.

Embora tenha nascido num lar Cristão, se definiu por uma vida com Cristo aos dezoito anos. Por um tempo ele frequentou o “Annesley College” em Ottawa e mais tarde transferiu-se para o “Houghton College”, em Nova York, onde estudou música.

Quando seus recursos financeiros se esgotaram, ele desistiu em 1929 e assumiu um emprego com a empresa de seguros “Mutual Insurance Company” de Nova York como um funcionário médico.

Seu trabalho envolveu a assistência de examinadores médicos na coleta de informações sobre o histórico de saúde de candidatos políticos.

Bev depois mudou-se para Chicago e trabalhou na radiodifusão cristã. Certa manhã ele ouviu uma batida na porta de sua casa e se deparou com um homem alto e loiro, que não era outro senão Billy Graham.

Billy tinha viajado de Wheaton College em um trem somente para parar e dizer “Oi”.

Bev Shea começou a trabalhar com a Billy Graham em 1947 como solista.

Após a cruzada de 1949 em Los Angeles, o ministério de Billy Graham ganhou notoriedade internacional.

Ele foi homenageado pelo Guinness Book of World Records por ter cantado para mais de mais de 220 milhões de pessoas – mais do que qualquer outro artista na história.

Ele se casou com sua primeira esposa Erma Scharfe em 16 de junho de 1934 e eles tiveram dois filhos, Ronnie e Elaine.

Erma morreu em 1976 e em 1985 casou-se com Karlene Aceto.

Bev tornou-se um cidadão americano em 1941 e mais tarde construiu sua casa logo abaixo da estrada da casa de Billy Graham em Montreat, Carolina do Norte.

Esteve por muito tempo com Billy Graham e solista nas Cruzadas de Billy Graham em todo o mundo. Ele foi amplamente responsável pela popularização de “Quão Grande és tu” e promover e popularizar “Amazing Grace”, que era cantado nas periferias, para os grandes centros do protestantismo americano.

Ele gravou dezenas de álbuns e foi finalmente premiado com um Grammy para Lifetime Achievement.

Trad, Eduardo Peixoto.

Bibliografia:
Library of Congress Data Service

© 2017 da tradução de Eduardo Peixoto – Usado com permissão

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1 Resultado

  1. Márcia Noélia Eler disse:

    Eu não conhecia a historia deste hino e agora entendo porque ele nos toca o fundo de nossa alma. Eu sempre o amei este hino, principalmente o poema. O conjunto de moças da 2 IPB hoje Igreja Presbiteriana Filadélfia de Gov. Valadares cantava muito este hino nos anos 1975 a 80. Depois escutei muito em inglês. Mais uma vez muito obrigada

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