Um hino cívico de Lvov – Rolando de Nassau
Especial para “Hinologia Cristã”
O compositor estoniano Alexei Fiodorovich Lvov (1799- 1870), que chegou ao generalato do exército russo e foi ajudante-de-campo de Nicolai I (csar, de 1825-1855), compôs um “Pai nosso” e fez a revisão do “Stabat Mater” de Pergolesi.
Foi diretor (1839-1861) do coro da Capela Imperial, em São Petersburgo (Rússia). Codificou um estilo de música litúrgica tradicional para a Igreja Católica Ortodoxa.
Em 1833 Nicolai I assinou um acordo com a Turquia, pelo qual teria o direito de usar o Bósforo e os Dardanelos, estabelecendo um protetorado sobre Constantinopla. Em seguida, foi à Áustria para disciplinar as relações dos czares com os Hápsburgs em relação à Turquia. Depois da derrota de Napoleão, a Rússia emergiu como potência europeia. Ao voltar para a Rússia, encomendou a Lvov um hino nacional.
Lvov compôs “Bozhe, tsarya khrani” (Deus salve o csar); a letra foi atribuída a um desconhecido Jukovsky.
Atribui-se ao crítico musical Henry F. Chorley (1808-1872) a tradução das estrofes 1 e 2; ao hinólogo John Ellerton (1826-1893), das estrofes 3 e 4 (ver: “The Hymnal”, no. 569, ed. 1982).
Este Ellerton, que não deve ser confundido com o compositor John Lodge Ellerton (1801-1873), participou da escolha, na segunda metade do século 19, do hino nacional de Lvov, para a inclusão em vários hinários, especialmente no “Hymns, Ancient and Modern” (1889).
Piotr Ilich Tchaikovsky (1840-1893) aproveitou a melodia na “Marcha Eslava”, na abertura sinfônica “1812” que faz alusão à invasão da Rússia por Napoleão e na marcha para a coroação, em 1881, de Aleksandr III; Umberto Giordano (1867-1948) em sua ópera “Sibéria” (1903).
Foi atribuída a Glenn Musselman, em 1989, a tradução portuguesa “Onipotente Deus” (ver: “Hinário Cristão”, da Igreja Menonita).
Brasília, DF, em 30 de novembro de 2016.
© 2016 de Rolando de Nassau – Usado com permissão
Interessante e muito bom. Parabéns.
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