HCC 321 – Cristo é nossa esperança

História

321. Cristo é nossa esperança

O AUTOR, Guilherme Kerr Neto, escreveu esta letra para a melodia já composta a pedido do seu compositor em 1981. (Ver HCC 23).

Marcílio de Oliveira Filho, o compositor deste e de outros hinos alegres que o Brasil batista não cansa de cantar, escreve que compôs esta música em 1976, originalmente:

Para uma canção de Natal, baseada na letra Não em rica ou bela casa. A canção foi escrita com características melódicas brasileiras, com acompanhamento de piano parecendo muitas vezes as notas graves do violão. A sua primeira apresentação foi feita com os jovens da Igreja Batista do Ipiranga, SP, no natal de 1976, numa cantata contendo músicas do compositor e outras canções brasileiras. Jaci Maraschin também escreveu uma letra para ela com o título. Vem, Jesus, nossa esperança, nossas vidas libertar.1

Marcílio escolheu o nome da melodia CRISTO É MAIS para o Hinário para o culto cristão

“em homenagem ao título original do autor, mostrando que Cristo está acima de tudo e de todos”.2

Marcílio de Oliveira Filho recebeu muita influência musical desde que nasceu em junho de 1947, em Santos, SP. Naturalmente, começou muito cedo seu estudo de música, e isto no acordeon. Marcílio sentiu a chamada ao ministério aos 14 anos e esta lhe foi confirmada aos 18 anos. Portanto, prosseguiu para o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, RJ, onde cursou música sacra e outras disciplinas teológicas. Como seminarista, trabalhou dois anos na Primeira Igreja Batista da Piedade e dois anos na Primeira Igreja Batista de Moça Bonita, ambas no Rio de Janeiro.

Em 1970 casou-se com Zelda Cardoso Schimenes com quem teve três filhos, Marcílio, Mônica e Marcelo, todos cooperadores no ministério musical dos pais. Além dos seus estudos no Seminário, estudou canto com a professora René Talba, de 1972 a 1973. Fez, também, os cursos de licenciatura e bacharel em canto na Faculdade Santa Marcelina em São Paulo. É exímio solista, conhecido em todos os cantos do Brasil batista.

Consagrado ao ministério em maio de 1974, trabalhou três anos na Primeira Igreja Batista de Santos, sua igreja de origem, e lecionou no curso de música sacra da Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Convidado para dar tempo integral na Faculdade, mudou sua residência para São Paulo, e, a partir daí, iniciou seu trabalho como ministro de música na Igreja Batista do Ipiranga.

Na assembléia centenária da Convenção Batista Brasileira, em 1982, criou-se a Associação dos Músicos Batistas do Brasil, um dos sonhos de Marcílio de muitos anos. Ele foi eleito presidente e serviu nesta função até janeiro de 1989. Foi durante sua gestão que a Convenção Batista Brasileira concordou com a AMBB que era o tempo da denominação ter um novo hinário, autorizando a JUERP a escolher uma comissão e custear as despesas que esta comissão teria em sua compilação. Nesta qualidade também, e como secretário da CBB, Marcílio liderou a campanha vitoriosa perante o Congresso Nacional em defesa dos direitos autorais de editores e músicos evangélicos no Brasil.

Por 12 meses, em 1986-1987, o casal Oliveira Filho dedicou-se ao projeto Cantem, Batistas brasileiros, fazendo conferências e clínicas musicais e colhendo músicas sacras brasileiras de todos os cantos do vasto Brasil. No segundo semestre de 1988, tornou-se o diretor do curso de música sacra da Faculdade Teológica Batista de São Paulo.

Desafiado pelo pastor da sua igreja, Artur Alberto de Mota Gonçalves (HCC 555), começou a compor músicas com características brasileiras, visando especialmente hinos congregacionais. Oito destes hinos já muito apreciados pelo povo batista estão no HCC. Sentido a falta de material para crianças, compôs hinos e cantatas para elas, além de composições para corais masculinos, femininos e mistos.

No início do ano 1990, juntamente com a família, arrumou sua mudança para Curitiba, para atender à chamada para ser ministro de música da Primeira Igreja Batista daquela capital. Ali, com empenho vivo e eficaz, Marcílio continuou a demonstrar sua visão quanto ao ministério da música sacra na igreja local bem como “a visão global do louvor e da adoração, promovendo a unidade na diversidade”,2  na coordenação do Congresso Louvação, que desde 1995 acontece na PIB de Curitiba. E, pelo Brasil afora, continua realizando clínicas, conferências e concertos em seminários e igrejas, freqüentemente com a participação da D. Zelda.

Dedicou este mesmo entusiasmo à sua participação expressiva no preparo do HCC, como relator da Subcomissão de Triagem de hinos e cânticos e como membro do Grupo de Trabalho de Música, que assessorava a Subcomissão de Música.

Em reconhecimento à “sua multifacetada atividade musical”, foi outorgado a este “obreiro polivalente” (nas frases de Rolando de Nassáu, em O Jornal Batista),4 o Prêmio “Arthur Lakschevitz”, por ocasião do congresso da AMBB, realizado em Belo Horizonte em janeiro de 1990.

O Hinário para o culto cristão inclui mais sete músicas deste dotado compositor: 355, 473, 531, 532, 533, 555 e 595.  Acrescenta-se a letra do 555, escrita em parceria com outros autores.

1. OLIVEIRA FILHO, Marcílio de. Carta à autora em 22 de abril de 1992.

2. Ibid.

3. OLIVEIRA FILHO, Marcílio de. Louvação – o louvor de uma Nação. Em: VII Congresso de Louvor e Adoração. Folder 2002 PIB Curitiba.

4. NASSAU, Rolando de. Um obreiro polivalente, O Jornal Batista, Rio de Janeiro: n.30 – ANO XC, 29 de jul., 1990. p.2.

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