HCC 259 – Escuto a voz do bom Jesus
História
259. Escuto a voz do bom Jesus
“Saiu Jesus para a beira do mar; (….) Quando ia passando, viu a Levi (….) e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando- se, o seguiu” (Marcos 2.13, 14).
ESTAS SIMPLES PALAVRAS de Marcos contam uma linda história. Jesus disse a Levi: “Segue-me.” Levi levantou-se e o seguiu. O que Levi deixou para trás? Um negócio lucrativo? Amigos? Lar? Hábitos bem arraigados? Vontade própria? O que foi que ele ganhou? Tudo! Tudo que tem importância nesta vida e para a eternidade: Vida! O privilégio de aprender de Cristo, de conviver com ele, de aprender a amá-lo acima de tudo. O privilégio de escrever um maravilhoso Evangelho, que faria Jesus conhecido, e o seu próprio nome lembrado até Cristo voltar!
Há bons ensinos neste hino. Com este mandamento “Segue-me”, Jesus relembra a nós, seus discípulos, o que ele fez por nós, quem ele é na nossa vida e o que fará por nós. Cristo cumpriu toda a lei, bebeu o amargo fel, sofreu a morte, perdoou-nos e libertou-nos dos pecados. Jesus nos guiará à eterna luz, nos levará aos altos céus! Em Jesus acharemos descanso e um lugar para levar os nossos cuidados. Esse Jesus é o nosso Salvador, que nos ama muito. O que ele pede é: “Segue-me”.
A nossa resposta na estrofe 4 deve ser sincera. Seguiremos a Jesus? Deixaremos tudo? É bem verdade que, sem ele, isso seria impossível. Mas também é verdade que, cheios do seu amor, do seu cuidado, do seu vigor, podemos, sim, devemos seguí-lo!
Nada sabemos sobre o autor G.D. Watson, a não ser que ele foi um pastor de destaque o suficiente para que lhe fosse conferido um doutorado em Divindade (honoris causa). Esta letra apareceu pela primeira vez em 1885, no hinário Songs of joy and gladness (Hinos de gozo e alegria) com a música do cântico de Natal alemão O TANNEMBAUM(A árvore de Natal). Logo apareceu em outros hinários, e é esta a música que consta do Cantor cristão 217.
Salomão Luiz Ginsburg, um servo de Deus que deixou tudo para seguir a Jesus, traduziu este hino em 1892, logo no início do seu ministério na Bahia. Não há quem exemplifique o verdadeiro discípulo mais que Ginsburg, que deixou família, bens, país e língua, que perdeu sua querida primeira esposa, sacrificou sua segurança, enfrentou multidões enfurecidas, prisões, viagens longas e sofridas, e com grande alegria seguiu a Jesus. Ninguém, mais que ele, diria: “Valeu a pena! Faria tudo de novo!” (Ver mais dados de Ginsburg no HCC 29)
A métrica deste hino é 8.7.8.7.8.8.8.7., como corrigida nas edições mais recentes do Hinário para o culto cristão. 1
O dedicado missionário e compositor David William Hodges fala da história do surgimento da sua melodia em 1990. Os membros da Subcomissão de Música do HCC conheciam a canção de Natal alemã, O TANNENBAUM, cuja letra se dirige à árvore de Natal. Era preciso achar outra melodia e Hodges escreve:
Quando esta letra surgiu para inclusão no Hinário para o culto cristão, procuramos sem sucesso outra melodia. Mais uma vez, por necessidade e inspirado nesta letra, compus a música GINSBURG, nome do tradutor e “Pai da hinódia Batista brasileira”.2
Recomendamos com alegria esta aprazível melodia, na escala de Mi menor. A música vai fluindo, convidando-nos a seguir a Jesus, sem hesitação. Composta para ser cantada em uníssono, convida-nos a unir as nossas vozes, e também as nossas vidas, e seguí-lo fielmente, até o fim.
(Ver dados de Hodges no HCC 1)
1. Dados atualizados por Leila Gusmão, supervisora do HCC Digital em 4 de abril de 2005.
2. HODGES, David William. Carta à autora em 22 de março de 1991.