HCC 207 – Ó bom Consolador

História

207. Ó bom Consolador

NAS PALAVRAS confortadoras de Jesus Cristo aos seus discípulos, dadas no cenáculo e registradas em João 14, ele promete o Consolador

para que fique convosco para sempre, a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber. (…) vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós” (João 14.16,17).

O cristão, confiando na presença do Espírito, e lhe entregando todo o ser, pede que ele atue em sua vida, limpando, iluminando, ungindo, habitando, dominando, enchendo com seu poder

Hinos de oração ao Espírito têm sido escritos desde o início da igreja de Cristo, desde o grego até as línguas mais modernas. Um dos hinos ingleses mais expressivos foi o de Edwin Hatch, Breathe on me, breath of God (Sopre sobre mim, sopro de Deus). Baseado em João 20.22, foi publicado pela primeira vez num panfleto Between doubt and prayer (Entre a dúvida e a oração), em 1878.

Edwin Hatch (1835-1889) nasceu na cidade de Dirby, na Inglaterra. Formou-se pela Universidade de Oxford e foi consagrado ao ministério pastoral em 1859. Hatch pastoreou uma igreja por pouco tempo antes de emigrar ao Canadá onde tornou-se professor dos clássicos na Faculdade Trinity, em Toronto, Província de Ontário. Retornou à sua terra natal em 1867, como vice-diretor de St. Mary’s Hall, de Oxford. Em 1884, aceitou a cadeira de história eclesiástica. Suas preleções sobre a história da igreja primitiva tornaram-se muito famosas. Harnack, um escritor importante, que traduziu uma das obras de Hatch, disse dele: “[Hatch] foi um homem glorioso, cuja perda não deixarei de lamentar.”1 Unia erudição profunda com fé simples a uma vida realmente cristã.

Conseguir traduzir não somente as palavras de um hinista, mas o seu intento, e ainda criar um hino na nova língua que flui naturalmente, é uma arte. Depende, também, de muita dedicação, tempo e suor. Em 1991, o pr. João Soares da Fonseca desdobrou-se sobre esta mensagem com arte e dedicação. Que possamos fazer esta oração com toda a sinceridade! (Ver dados do pr. Fonseca no HCC 10).

O compositor Robert Jackson (1842-1914), nascido em Oldham, condado de Lancshire, na Inglaterra, foi homem de muitas habilidades. Brilhou como professor, compositor, regente e organista. Estudou na Academia Real de Música. Começou sua carreira musical como organista e regente para a Igreja de São Marcos, Grosvenor Square, em Londres. Quando seu pai, conhecido organista e regente da Igreja de São Pedro, em Oldham, se aposentou, depois de 48 anos, Jackson o substituiu. Permaneceu ali até sua morte, 46 anos mais tarde, que somando-se o trabalho de pai e filho, significa quase um século de serviço dos dois!

TRENTHAM, o nome da melodia de Robert Jackson, é de uma vila no condado de Stafford. A melodia foi publicada pela primeira vez no livro Fifty sacred leaflets (Cinqüenta panfletos sacros). Fontes seguras dão as datas de 1888 ou 1894. No Hinário para o culto cristão indicamos a primeira data.

1. HARNACK. Em: THOMSON, R.W., ed. The Baptist book companion. London: Psalms and Hymns Trust, 1967. p.355.

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