Joran
Joran Ferreira da Silva
Em 27 de outubro de 1952, Joran Ferreira da Silva chegou ao mundo, nascendo em Salvador – BA. Joran não nasceu em Magé/RJ. Magé nasceu no coração dele e nunca mais deixou de estar vivo na sua inspiração. Muitos e muitos anos morou no 6º Distrito e viveu a vida inteira circulando por Magé, desde muito criança, até hoje, onde membros de sua família ainda moram lá.
A Carteira de Músico de Joran é da Secção de Magé. Joran estudou no Colégio Padre Anchieta em Parada Angélica – Duque de Caxias, onde se realizavam festivais de música. Joran ganhou o Troféu de 1° lugar nos anos de 1969 e 1974.
Na década de 1970, aconteceram três grandes festivais de Música promovidos pelo Centro Educacional Visconde de Mauá (CNEC) no 6º Distrito de Magé, sob direção da professora Ivone Boechat.
Certo dia, as inscrições do II Festival foram encerradas às 22 h. Apagaram-se as luzes da Escola e a profa. Ivone foi para casa. Daí a pouco, escutou alguém batendo na sua porta. Foi atender, era um jovem com uma pasta na mão pedindo para inscrever sua música no Festival. A professora Ivone argumentou que as inscrições estavam encerradas naquele dia e o jovem lhe disse: “O dia acaba às 24 h. Quantas horas são agora?” E completou: “Tenho muitas, mas muitas músicas escritas que ficaram em casa.”
O jovem saiu dali inscrito. Ali nascia uma grande amizade e admiração pelo talentoso Joran.
Neste II Festival aconteceu mais um grande encontro entre Joran e Gilson e a sua Banda RS 7 que tocava acompanhando na apresentação das músicas concorrentes. Alcino Leite (Cininho) cantou a música de Joran. Foi um sucesso.
A roda da vida girou. Joran e Gilson começaram a compor músicas juntos. A canção de maior sucesso foi à música “Casinha Branca”, (composta em Piabetá, com o seu principal parceiro de composição, o também cantor/compositor Gilson, que foi regravada por vários artistas brasileiros. Sucesso internacional.
Em 1979, explodem num grande sucesso as músicas “Andorinha” e “Casinha Branca“, com Gilson, gravadas pelo parceiro, em compacto simples, pelo selo Aquarela. A música “Casinha Branca” ganhou rapidamente as paradas de sucesso, tornando-se um dos maiores hits da década seguinte, além de ter sido incluída na trilha sonora da novela “Marrom glacê”, da TV Globo. Ainda no ano de 1979, teve a música “Andorinha” incluída na trilha sonora da novela “Cabocla”, também da Rede Globo. Em 1980, teve as músicas “Ainda bem”, “Chuva”, “A mesma porta”, “Na minha idade”, “Panorama”, “Tarzan”, “O vapor” e “De repente”, parcerias com Gilson, gravadas no LP “Vitrine”, lançado por Gilson pela Top Tape. Nesse ano, a música “A mesma porta”, foi relançada no disco da trilha sonora da novela “Plumas e paetês”, da TV Globo, pela Som Livre.Teve, ainda, a composição “Vou fugir de casa”, com Gilson gravada por Diana, em compacto duplo da Continental. Casinha Branca tem centenas de versões. Foi regravada por Fábio Júnior, Maria Bethânia, Roberta Campos e mais de 100 cantores. Incluída na trilha da novela Êta Mundo Bão. Existe a versão de “Casinha Branca” em Inglês, por Jim Capaldi. Em 1982, “Casinha branca” foi regravada por Altemar Dutra.
Em 1983, a professora Ivone Boechat promoveu e coordenou o I Festival de Poesias do Instituto Iguaçuano, um dos mais tradicionais Colégios de Nova Iguaçu / RJ e Joram foi convidado para presidir o Júri. No auge do sucesso, demonstrando humildade e generosidade, compareceu sem nada cobrar por sua presença. De sucesso em sucesso, Joran foi colecionando as honras de sua dedicação à música brasileira e vendo que valeu a pena, o início difícil.
Em 1985, a cantora Vanusa, em LP do selo Barclay, gravou “Bate coração”, parceria de Joran com Gilson. Em 1986, foi lançada nova regravação de “Casinha branca”, dessa vez, na voz do sambista Neguinho da Beija-Flor. No mesmo ano, a canção “Favo de mel”, com Gilson, foi lançada por Wando no LP “Ui – Wando paixão”. “I love you baby” e “Pra me seduzir”, com Gilson, foram gravadas por Adriana, em disco RGE, e “Uma noite de amor”, foi lançada por Jerry Adriani, no LP “Outra vez coração”, da Polyfar. Em 1987, Gilson gravou “Encontro casual”, “Espiã”, “Nossa história de amor”, “Nossas noites”, “Pau ou pedra”, “Quando a noite vem” e “Do jeito como veio ao mundo” no LP “Encontro casual”, da RGE, e José Augusto registrou “Fim de solidão”, parceria com Gilson e Carlos Colla, em disco RCA Victor. Em 1988, a cantora romântica Adriana gravou “Combinado assim”, no LP “Dom de amar”, da RGE, Carmen Silva registrou “Como vou viver sem você”, também pela RGE, e Peninha gravou, pela Continental, “Seu jeito de amar”. Ainda nesse ano, a música “Solidão pra quê”, com Gilson, foi destaque no disco da cantora Cláudia Telles. Em 1989, Wanderléa gravou “Amar é viver”, parceria de Joran com Gilson, e, ainda, Adilson Ramos registrou, em dueto com Cidinha, a música “Nossa história de amor”, no LP “O carismático”, da Gel/Continental. Em 1990, a dupla sertaneja João Mineiro e Marciano gravou, pela Philips, a canção “Carícias e beijos”; Manolo Otero registrou “Certas paixões”, e Adriana gravou “A melhor coisa do mundo” no disco “Haja coração”, da RGE, todas parceria com Gilson. No ano seguinte, a cantora Maria Creuza regravou “Casinha branca”, e Gilson gravou “Deixa eu te amar de novo”, “Não dá pra esquecer”, “Punhal” e “Deserto”, parceria dos dois no LP “Tempo bom”, da RGE. Ainda em 1991, Gilliard gravou “Se eu fosse você voltava pra casa”, parceria com Gilson, em disco Continental. Joran também fez sucesso em 1992, com a toada “Olhos de luar”, parceria com Gilson, gravada pela dupla sertaneja Chrystian e Ralf. Em 2000, a música “I love you baby” foi regravada pela Banda Forró Gatinha Manhosa. Seu maior sucesso foi “Casinha branca”, gravadas entre outros por Neguinho da Beija Flor, Wilson Paim, Altemar Dutra, Maria Creuza e Maria da Paz, Maria Bethânia Fábio Jr. e muitos outros intérpretes.
Em 1986, Joran passou a compor músicas gospel. Devido à sua característica de adorador romântico, trouxe uma nova característica à música evangélica, que lhe garantiram muitos sucessos: Mais que vencedor e Do jeito que eu sou (Ozéias de Paula), Onda de amor (Marina de Oliveira), Razão de viver e Joia Rara (Melissa), Te amo tanto e Brilho no olhar (Ed Wilson), Novo amanhecer (Cristiane Carvalho), Nós dois (Carlinhos Félix), Ele voltará e Ele virá (Leonor), Como eu poderia esquecer (Cristina Mel), Nosso amor (Marquinhos Gomes), Retrato (Aline Barros), e muitas outras composições.
Em 1995, Joran foi ordenado ao ministério pastoral e passou a se dedicar somente ao trabalho na Igreja. Em 2011, porém, por uma direção de Deus, retomou seu Ministério de Louvor e Adoração, o qual, desde então, vem se dedicando.
Texto: Joran Ferreira da Silva
Sites Consultados:
http://dicionariompb.com.br/joran
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joranhttp://pastorjoran.blogspot.com
Revisão: Luiza Faria
Quero saber sobre a música nem olhos viram. Quem foi que gravou?